domingo, 30 de novembro de 2008

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A wish



questo è quello che voglio dire ;)

23/11


Auguri di un buon compleanno papa =D



Auguri anche a Ricardo e Fernando.




Lontano, ma molto vicino ;)




sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Há dias assim…
Há dias em que não quero mais estar aqui.
Há dias em que me sinto deslocada do mundo, em que tudo é motivo para chorar.
Há dias em que tudo é motivo para sentir falta de algo… de alguém.
Mas, há dias em que acordo radiante! Dias em que tudo me parece maravilhoso!
Dias esses em que sinto que é mesmo isto que quero, que preciso!
Confusão?
Não…
Isto podia ser perfeito. Mas não é, não há coisas perfeitas.
Isto podia ser quase perfeito. Se tivesse colegas de Erasmus diferentes.
Somos uns 70. Destes 70, 2 alemães, 2 gregas, 2 portuguesas e o resto da ‘família’ são espanhóis! Mas… eu pensava que vinha para Itália. Será que estou em Espanha? Muitos são os dias, em que mais parece que estou. É muito difícil estabelecer relações com esta gente. Melhor… com esta gente não, com ‘las niñas’ espanholas! Contam-se pelos dedos aquelas que realmente nos falam bem (contando com 2 que são nossas colegas de casa)! São “raras”! Não é dizer mal, é constatar uma realidade! São mesmo raras!! O “problema” iniciou-se quando se começou a falar das ‘espanholas que afinal são portuguesas!’ (este é outro problema de nacionalidade, que abordarei noutra altura!) Inveja? Ciúmes? Não sei! Recordo uma festa para Erasmus, em que estava de conversa com um rapaz espanhol. Do nada, chega uma espanhola, puxa-o pelo braço e grita-lhe “Nunca mais me fazes esta m***!!!” O que é isto???? Não, não são namorados. Nem nada que se pareça! Também só se conheceram quando aqui chegaram. A questão é : “os gajos são todos nossos”. Filha, podes ficar com eles todos, porque não os quero para nada!
Tentamos dar-nos bem com todos e elas não suportam isso! São falsas, conseguem lixar-se umas às outras. São invejosas, tão sempre a dizer mal dos outros. Lá está, são… raras!
E há uma coisa que dá cabo de mim! Quase todas têm namorado em Espanha, mas quase todas já tiveram uns ‘extras’ por aqui! Sorte e saúde! Dão-me pena…
Isto podia ser quase perfeito! Se os italianos não fossem também tão… raros! Recordo a primeira vez que fomos à Eucaristia. Chegada a Paz, comos boas Tugas, toma lá 2 beijinhos. Quando ia lançada para dar 2 beijinhos à senhora da frente, ups… Uma mão?! Então os beijinhos? Até aqui tudo bem, se… Aqui funciona assim: os rapazes quando se conhecem dão um aperto de mão, quando já são amigos dão o aperto de mão, 2 beijinhos e um abracinho! Já as meninas nunca evoluem do aperto de mão! Estranho, não é? No outro dia um italiano abordou-me e perguntou “Que achas dos italianos?”
Ao qual lhe respondi: “Non me piace”. “Perché?”. “Porque os portugueses são melhores, em tudo!”. O moço remata “Eu sei que somos muito atiradiços!”
Muito? Muito é pouco! Seja gorda, magra, feia, bonita… eles atacam! Numa palavra: esfomeados!
Non me piace!
Uma coisa é certa, quando chegar a Portugal não reclamo com nada!
Aqui não são os alunos que faltam. São os professores!
Aqui não se trabalha à sexta. Já é fim-de-semana!
Aqui não se conhecem passadeiras, stop’s, sinais vermelhos, traços contínuos, raias… Nada! Esta gente a conduzir… Bahhh! Nunca mais admito que me digam que sou um perigo a conduzir. Perante estes seres italianos mereço um diploma de boa condutora!!
Muito, muito mais há para se dizer numa próxima oportunidade…
Não quero parecer mazinha! Mas, estas coisas têm que sair, se não dou eu louca!
Há dias assim…
Em que se olha para o calendário e se pensa: faltam 3 meses!



=)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

"Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar.
Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem para dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos dizer. E mesmo que a voz trema por dentro, há que fazê-la sair firme e serena, e mesmo que se oiça o coração bater desordenadamente fora do peito é preciso domá-lo, acalmá-lo, ordenar-lhe que bata mais devagar e faça menos alarido, e esperar, esperar que ele obedeça, que se esqueça, apagar-lhe a memória, o desejo, a saudade, a vontade.
Às vezes é preciso partir antes do tempo, dizer aquilo que se teme dizer, arrumar a casa e a cabeça, limpar a alma e prepará-la para um futuro incerto, acreditar que esse futuro é bom e afinal já está perto, apertar as mãos uma contra a outra e rezar a um deus qualquer que nos dê força e serenidade. Pensar que o tempo está a nosso favor, que o destino e as circunstâncias se encarregarão de atenuar a nossa dor e de a transformar numa recordação ténue e fechada num passado sem retorno que teve o seu tempo e a sua época e que um dia também teve o seu fim.
Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor.
Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo.
Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio e paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar. Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então esquecer."
Margarida Rebelo Pinto


sábado, 1 de novembro de 2008

"O amor é o pormenor da fidelidade;a fidelidade é o amor nos pormenores.
Estes costumam passar despercebidos."